top of page

Blog

Dia 14 de Maio - Dia de Atenção a Apraxia da Fala

Você sabe o que é apraxia?

A Apraxia poderia ser definida como um atraso na fala, porém, ela é mais do que isso, é um distúrbio motor (neurológico-funcional) para produzir os sons da fala. É uma desordem neurocomportamental, no qual os parâmetros espaço-temporais dos movimentos da fala estão comprometidos. É um distúrbio instável, dinâmico e que pode persistir até a idade adulta (American Speech-Language-Hearing Association, 2007).

Simplificando: É um distúrbio neurológico que afeta a produção motora dos sons da fala. Neste caso, a precisão e a consistência dos movimentos necessários para produzir os sons da fala estão alteradas, havendo ausência de déficits neuromusculares. É uma alteração funcional e que nem sempre é detectada em exames para o estudo do cérebro (como ressonância e tomografia).


Sinais que uma criança poderá apresentar:


• Bebês quietos. Os pais percebem que vocalizam/balbuciam pouco; • As pessoas geralmente comentam: “Nossa! Que bebê quietinho vocês tem” • As primeiras palavras como “mamãe” e “papai” aparecem mais tarde (depois de 14 meses) • A criança com Apraxia, geralmente compreendem tudo o que falamos com ela, mas ela não consegue se expressar bem. Os pais notam uma discrepância entre a compreensão e a recepção; • Não consegue produzir adequadamente os sons da fala. Fala apenas as vogais ou falam apenas as primeiras sílabas ou ainda, consegue apenas falar os sons mais fáceis como o som o P, do M e os demais não consegue. • Apresenta dificuldade para imitar palavras e frases (fala apenas sílabas isoladas); • Apresenta mais facilidade para falar palavras mais curtas, como “oi”, “dá”....porém para palavras mais longas, di ou trissílabas, já não consegue manter a sequencia correta de sílabas. • Tem dificuldade para falar todas as vogais (às vezes, o som do “É” sai como “A” ou “E”, por exemplo, fala “pa” para pé). • Na alimentação, pode ser confusas e distraídas. Precisamos ajudá-la: “mastiga! Morde! Engole!Beba! Pode colocar a comida na boca e ficarem “perdidas” (a boca fica cheia e não sabem o que fazer com o alimento). • Pode ter dificuldade para mastigar algumas consistências (por exemplo, demora para mastigar um pedaço de carne); a mãe acaba dando tudo mais molinho, já amassado. Pode ter dificuldade para escovar os dentes. • Os movimentos orais, como colocar a língua para fora, lateralizar a língua dentro e fora da boca, encher as bochechas podem estão alterados. Os pais percebem que não há uma boa movimentação destas estruturas orais. O sopro é fraco (ela tem dificuldade para encher bexigas, para soprar língua de sogra, etc). • A prosódia ou melodia da fala é afetada. Pode ter uma fala “truncada”, pode ser monótona (dificuldade com a entonação). Parece falar sempre no mesmo “tom”. • Pode ter uma coordenação motora global não muito organizada: são crianças desajeitadas no correr, no pular. A coordenação motora fina também pode estar prejudicada (não consegue segurar o lápis adequadamente, dificuldade com jogos de encaixe, para atividades manuais que exigem coordenação motora fina). • Pode falar corretamente uma palavra em um contexto e depois “perder” esta palavra. Tenta falar de novo e sai de um jeito diferente; • Pode ter histórico familiar para atraso na fala. O pai, a mãe, o avô, a bisavô, um primo...enfim alguém da família, pode ter tido também dificuldade para falar. • Crianças com Apraxia pode ter dificuldades escolares. • Crianças com Apraxia também podem ter dificuldades emocionais: os pais percebem que a criança até tenta falar, mas não consegue e isso pode causar frustração, baixo auto-estima. Algumas crianças ficam agressivas e irritadas.


É importante saber também que apraxia tem tratamento e deverá ser feito por fonoaudiólogo. Normalmente o atendimento de uma criança com apraxia é de longo prazo, havendo dependência da gravidade da apraxia apresentada pela criança. A frequência das sessões de terapia deve ser intensiva, para casos de Apraxia Severa ou Grave, a recomendação é que a frequencia seja, de 3 a 4 vezes por semana.


Dependendo das características e dificuldades apresentadas a criança poderá precisar de atendimento de terapeuta ocupacional, psicopedagogo e psicólogo.


Como todo processo terapêutico a participação dos pais é essencial.

Sempre que perceber uma dificuldade no desenvolvimento da fala de seu filho, procure um Fonoaudiólogo para uma avaliação.


Texto baseado no material disponível no site: www.atrasonafala.com.br

 
 
 

Comments


Featured Posts
Archive
Follow Me
  • Grey Facebook Icon
  • Grey Twitter Icon
  • Grey Instagram Icon
  • Grey Pinterest Icon
bottom of page